quinta-feira, 10 de junho de 2010

A morte faz mestrado

Fica fácil para os tele jornais dizerem em suas manchetes que mais um homem louco invadiu um supermercado e esfaqueou seis pessoas e que uma dessas pessoas veio a falecer.



Mas noticiar à morte ficou difícil demais para os informantes de plantão. Nos dias de hoje para se planejar uma morte, primeiro é necessário que haja um estudo do solo sim, pois será que as terras onde iremos colocar nossas bananas de dinamites são férteis? Assim como o solo é necessário que estudemos o ar, pois é sobre ele que vamos cruzar o mundo com nossos caças de guerras franceses de primeira qualidade. E por fim o último estudo e o mais importante é claro, o corpo humano. Existe toda uma anatomia por traz do suicídio precoce dos homens bombas, para se tornar um você tem que ter de preferência o ensino superior completo.

A morte abriu a sua própria escola, seus professores são lideres fascistas da Al Qaeda, formados em berços Vietnamitas. Estudar nessa escola está cada vez mais caro, por isso a faculdade da morte está distribuindo bolsas para estudantes carentes que não podem pagar o alto preço que é o suicídio. Mas invadir supermercados e esfaquear pessoas talvez já tenha virado mais uma dessas modas que o Brasil copiou dos Estados Unidos. A paz já não tem mais tanta importância. Para se tornar um terrorista é necessário ter atitudes inesperadas e inexplicáveis de um louco fanático que coleciona almas.

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