quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Um ano em sete dias

Mais doloroso do que perder um ente querido num acidente de voo causado por uma falha humana, como o que ocorreu em São Paulo em julho de dois mil e sete, só mesmo um acidente inexplicável, onde certamente não há em quem jogar a culpa.
O que explica as mudanças climáticas dos últimos tempos? Quantos prejuízos a chuva nos causou, quinze mil famílias desabrigadas em menos de sete dias de um novo ano.

Quanta dor, para muitos papai Noel foi embora cedo demais, os fogos de artifício foram recolhidos não houve barulho nem festas, o branco do réveillon deu espaço ao pretinho básico o país esta de luto. A geologia tenta encontrar entre os destroços uma resposta. O que explica as barreiras em Angra e as enchentes na zona leste paulistana? Não quero entrar no mérito de que a culpa é apenas dos órgãos nacionais competentes. Esse é outro tema a ser discutido.
Certo é dois mil e dez já está ai, mas a realidade de um ano inteiro chegou cedo demais, no ano passado o Brasil se dedicou aos estudos da construção de novos estádios para a copa de dois mil e quatorze, em aumentar a segurança nas favelas do Rio de Janeiro mal esperávamos uma rasteira como essa. O Brasil perdeu até  nas missões de paz do Haiti até agora quinze brasileiros foram mortos pelo terremoto, que pegou a todos de surpresa.
Por isso é necessário que nos incomodemos sim; não devemos dormir sossegados enquanto não acharmos uma resposta para esse impossível acidente natural, não será possível comemorarmos um hexa campeonato se nosso país e afoga todos os dias na ignorância propriamente dita. Ou vamos ficar sentados enfrente aos nossos televisores assistindo as alfinetadas dos coronéis nos petistas, que certamente vão usar dessas dores para fazerem campanha eleitoral?
Só nos resta saber se Dilma Russef irá passar uma noite apenas em uma dessas casas interditadas pela defesa civil, para mostrar ao povo que assim como o seu antecessor também é filha do Brasil?

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